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Nicarágua já prendeu 12 padres católicos; 4 nos últimos três dias

Presidente do país, Daniel Ortega, ordenou repressão à Igreja Católica e oponentes políticos; papa denuncia perseguição

Redação Mais – A polícia da Nicarágua prendeu mais quatro padres na madrugada de sábado (30), e elevou para 12, nos últimos três dias, o número de religiosos presos no país da América Central.

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que governa o país desde 2007, iniciou uma repressão à Igreja Católica e aos oponentes políticos.

De acordo com o diário La Prensa, um dos últimos jornais do país ainda em funcionamento, os padres Mikel Monterrey, Gerardo Rodriguez e Raul Zamora, juntamente com o monsenhor Miguel Mantica, filho de uma das famílias mais ricas da Nicarágua, foram levados de suas respectivas casas.

Dois dos padres presos, Monterrey e Zamora, abriram as portas de sua paróquia para estudantes de duas universidades que foram atacadas pelo governo em 2018.

No total, 12 padres e o bispo Isidro Mora foram presos nos últimos dias. Em agosto de 2022, o bispo Rolando Alvarez foi preso e condenado a 26 anos de prisão. Em julho, Alvarez foi solto.

Papa – Nesta segunda-feira (1º) o papa Francisco denunciou a crescente repressão à Igreja Católica na Nicarágua. “Acompanho com preocupação o que está acontecendo na Nicarágua, onde bispos e padres foram privados de sua liberdade”, disse o pontífice em sua mensagem semanal dominical e benção na Praça de São Pedro.

Desde os protestos de 2018, Ortega acusou os padres de se organizarem e orquestrarem um golpe; os bispos pediram ao presidente justiça para aqueles que morreram durante os protestos e eleições antecipadas.

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